quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Era só uma menina

Na tarde não muito clara, anda como num comboio.
Remete seus pensamentos naqueles dias outrora felizes
Risos e virgindade, pureza ... e letras e melodias
Saltam-lhe à mente palavras,olhares,
Verdades dantes incontestáveis.
- Ele muito rapaz
- Ela só mais uma menina

O luar ao bater a porta, trás com ele
indecências de imagens, borbulha sua consciência
estremece seu corpo, rasga sua alma...
Devaneios, pobres devaneios,
Nem sabem que hoje são apenas lembranças
Nem sabem, hoje são gotas na chuva...
Ele não sabe o quanto ela cresceu
Ela não sabe mais quase nada dele... só
lembra
do vento no rosto a liberdade de ser só mais uma menina,
na garupa de uma moto abraçada ao cara mais bonito
da cidade.

Mas ele era um rapaz...
e ela era só uma menina.


...E ele ainda anda, quase nunca, quase sempre em sua moto.
Ela não ...ela nunca mais.