sábado, 27 de dezembro de 2014

Punasrt'thāna

Ainda haverá quem irá dizer: Como assim ?
E resposta virá em ecos, como assim...como assim...
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Om Namah Shivaya
créditos imagem : http://desenhetudo.blogspot.com.br/2012/05/nu-artistico.html
Quando se tem 20...é uma coisa.
A gente quer impressionar o mundo com nossas habilidades, ou não habilidades,
queremos provar á todos o quanto somos bons, incríveis, espertos e únicos.
Quando se tem 20...é outra coisa.
Mas agora estou falando dos 30,
feliz por eles, acho que pela primeira vez na vida entendo melhor o que me faz ser especial.
Minto, já sabia o que me fazia ser especial, mas a verdade é que não sentia isso lá dentro...
Com uma casca mais grossa, uma pele que já não é tão limpa e lisa como antigamente, eu vejo
em poucos fios brancos uma breve sabedoria nada senil é claro, mas uma tranquilidade na inquietude de ser apenas o que quero ser.
E agora já sem medo de dedos apontando, concordando ou não comigo, na verdade o resto do mundo é apenas um plus, a gente nasce só... e mesmo namorando, casando, rodeado de muita gente, a gente é só...e morre só, por que lá dentro da gente só quem sabe de tudo de nós redundantemente somos nós.
Por isso a gente morre e vive mil vezes na mesma vida, a gente morre pra tanta gente, nasce pra tantas outras, a gente mata e cura mil vezes na mesma vida, e a mesma vida nunca é a mesma coisa, ela muda com toda nossa mudança, o universo parece ler de forma subliminar nossos passos e então :
Dá se um novo dia!
A gente só sente que a vida é um grão, quando entendemos melhor que queremos ser tudo em relação ao imenso universo ... a vida tende a ser melhor quando reconhecemos enfim, que não somos mais que uma misera partícula de ser e isso não é ruim, nos desobriga de grandes feitos , desobriga-nos de sermos essa perfeição que procuramos ser...
Pra que tanto trabalho não é mesmo?!
Quando estiver com 40,
creio que acharei tolice as coisas dos 30,
provavelmente me matarei mais uma vez...
mas a beleza está nisso...
na arte de ressuscitar,
só que com um detalhe :
- na mesma carne falha...que nos dá a chance de nos matarmos mais umas mil vezes...
Saudades,
Abraços
Naty

domingo, 23 de março de 2014

Gatinha

Nunca gostei de ser chamada de gatinha, exceto pelo meu pai, esse podia ... sempre pensei que esse era o apelido oficial do meu pai para mim, não poderia ser usado por mais ninguém...o todo poderoso pai reinou e reina como principal homem da minha vida.
Ele me colocava no colo e cantava 'Gatinha Manhosa' do Erasmo Carlos e eu achava um luxo...mas cresci e achava  estranho, me soava estranho um homem me chamar de "gatinha", na escola me lembro de um fato em que um paquera na fila da cantina gritou " quer coca cola gatinha?" ...naquele exato momento pensei : "quem esse cueca pensa que é pra me chamar assim? com tanta intimidade?!"
Passou o tempo, e esses dias atrás fui chamada de gatinha novamente, estranhamente achei legal, tenho idade para ser uma tigresa (risos) talvez seja por isso que tenha curtido tanto um apelido tão doce, meigo ...que me remete á infância e me tira da realidade (dura e linda) de ter quase 30 anos.
Gatinhas são seres especiais na vida de um homem, gatinhas tem direito a mimo, a colo, a dengo...
Gatinhas são o ar da vida desses homens, eu sei ...sou tudo isso para meu pai.
Então ontem fui chamada de Gatona... promovida á chefe dos felinos (risos)
Na ocasião em que outra gatinha entrava em cena, sem rivalidade no mundo dos felinos, achei ela parecida comigo, ela tem um homem apaixonado por ela... que sorte! Ela é especial...
eu sou especial,
meu pai é especial
e o pai dela ...é especial também.
Felinos não reconhecerás...



Dos príncipes que não são pra mim.

" we can be friends in love forever?"

Os príncipes existem, estão espalhados pelo mundo ...
pena que não pelo Brasil, pena que não na casa ao lado da minha, pena que em outro continente, pena que á 8 horas de diferença do meu relógio.
Mas eu vou responder sua pergunta sempre como um :" yes! we can all! "
I adore U.

A cura




você estava dormindo ou desatento,
estava mal humorado ou impaciente,
e eu não cobro nada, não busco nada,
a gente tem que dar o que tem pra oferecer
se não tem...melhor ser transparente,
como sempre somos reais e verdadeiros...
e eu te agradeço, por me curar de você.
ainda com carinho:
Eu te amo.

Piloto Automático



Eu me surpreendo comigo, eu ainda me assusto... eu quase sempre quieta, com a fama de arrogante no bairro onde moro, com a fama de capitão nascimento nas empresas por onde passei, com a fama de palhaça entre amigos mais íntimos, com a fama de ex namorada inesquecível para os ex que ficaram para trás, Ranger Branca, Carmen Sandiego para o Felipe Dior, Naty para tanta gente que escreve meu nome errado com H, fama de tagarela, vendedora infame ...famas, embalagens que pouco me servem, quando eu só sou intensa demais e não há quem dê jeito nisso. Sofro dores que não são minhas. Vibro com alegrias que não me pertencem. O bom de tudo é que, toda noite antes de dormir, eu sei exatamente quem sou.
Se eu fosse adotar toda marca que me é atribuída eu surtaria...
mas Natália sendo Natália já tá de bom tamanho. 


Ser você nunca é fácil, sem manual...no piloto automático.

Você sendo eu

Alma elevada aos céus, é óbvio que não sabe o significado do seu nome, isso é coisa de mulher, ficar pesquisando se signo combina, mapa astral, táticas de qual calcinha usar para atrair sorte no amor.
Mas eu, não, eu não faço isso.
Eu sou daquelas que acorda sabendo que tem muita coisa pra ajeitar, e sabendo disso não tenho muito tempo pra pensar no seu nome.
Mas quando penso, meu automático sorri, eu lembro de toda as loucuras que aprontei, só para te provocar , chamar sua atenção, plantar tesão em seu corpo e carinho em seu coração.
Mas sou dura na queda, não fico rendida...eu lembro que ainda tenho metade da tarde e o restante do dia , não dá tempo pra namorar meus pensamentos, e de novo, de você nem me lembro.
Mas quando lembro, meu sensor de absurdos apita, meu coração bate suave e descontraído, sinto gosto de novidade em meus lábios e a vontade passeia em minha língua, que anseia a sua...pede o roçar...pede o beijar, pede em um sorrir de meia boca...e o e-mail chega lembrando que tem mais algumas mil coisas para arrumar...e você , não existe nessa hora.
Mas quando existe, me dá bom dia e sorri, e eu sem jeito por que devo, retribuo. E percebo que fica lindo quando não sabe o que falar, mas que fica delicioso quando diz que me quer.
Mas quando existe, o corpo é detalhe, a vontade aumenta, a amizade nasce, os minutos acontecem , as musicas (todas as que só a gente pode gostar) tocam, as mensagens conectas e conexas rolam...e aí sou eu sendo você...só que com seios e mais bonita. Mas o transito tá infernal, chove e eu estou com fome e meu celular descarregou, eu não lembro de você, de nada, nem de quem sou...só do chuveiro, da cama e do meu cobertor.
Mas quando me deito, me vem você de novo no pensamento e isso só pode ser coisa mesmo de gente de alma elevada aos céus.
Coisa de quem sou eu, só que sem seios e bem mais lindo...quando diz que me quer.
"Caralho gata, quem é você? você sou eu, só que com seios e mais bonita"


Tá bom eu confesso, que não tem muito o que confessar...

Quanto tempo a gente leva pra deixar as feridas se fecharem ali dentro do coração? 
não existe receita de como não errar, de como não sofrer ... simplesmente, passamos por tudo o que precisamos passar.
E quando digo precisamos, é por que trata-se de uma regra geral : todo mundo no mundo sofre e sente dor.
Mas tudo passa e o momento ruim passa, a lágrima seca, as palavras findam, as cores mudam, os móveis são trocados, os empregos são trocados, os medos são substituídos,as paixões são reformuladas e você...você é só mais um metamorfose ambulante acompanhando tudo isso
 (ou ficando louco com tudo isso rs)
E eu passei por isso tudo. 
Passando ainda por tudo, e claro que o medo de viver o dia a dia está ali na sombra dos meus passos, eu vou levando a vida como deve ser...ou como pelo menos imagino que deve ser.
Mudei o nome do blog (durante todos esses anos foi Tá bom , eu confesso!)  agora eu quero me guardar em segredos, me deixar na caixa da duvida, não vou me doar de graça ou livremente, não vou confessar ...não vou confessar nada.
Eu quero a sorte de rir de algo que ninguém mais ri, de lembrar aquilo que não deveria lembrar, a boa e velha sorte de dar beijos de amor sem amar, de não rotular ou nomear sentimentos e ações e me dar essa gostosa liberdade de apenas ser eu ...toda errada e inconclusa, toda inusitada e surpreendente.
Então ouse! me coloque na cadeira elétrica, me torture... faça o que achar melhor , mas saiba desde já:
Eu não vou confessar! não vou confessar nada...
"E no seu apartamento
Ela se esquecia de tudo
Não havia contratempo
Ela segurava o seu coração
E largava as roupas pelo chão"

sábado, 22 de março de 2014

Carnaval, eu fico tão triste quando chega o carnaval...

Eu vi um cara, eu estava ali dentro do ônibus, depois de uns litros de cerveja e vodka, a gente não sabe bem quem é, a gente não sabe bem o que pensar...mas tudo vale, quando é carnaval.
O cara estava beijando sua namorada... sou mulher , sou de nascença recalcada, claro que pensei:
-Quanto amor, mas até quando?
Isso é despeito de quem é livre demais, de quem não ama jamais, de quem nem sabe se um dia vai ter alguém pra beijar daquele jeito...
Aquele jeito cheio de mimimi, aquele jeito que eu desaprendi, culpa minha, culpa da vida, sem culpas...eu só não sei mais.
É que sei tudo de amor, só não sei quase nada de mim mesma, eu acho que a melhor fase é essa, onde as expectativas são só minhas e não as tenho sob ninguém, exceto pelo casal que estava ali se beijando.
Eu olhei... ele entrou no ônibus, ela deu tchau ...
e eu pensei:
- incrível, amar alguém, no carnaval.
O meu short era curto, meu cabelo tava bagunçada, a maquiagem...essa , bem ...essa nem sei, eu só sei que ele estava com uma camiseta de banda de rock...
e meus pés latejavam no salto, havia sambado , sambado para esquecer, sambado e bebido para não lembrar de nada e nem ninguém...até ver ...
um beijo
um tchau
de um casal normal.
E no fim eu só disse: vou escrever sobre vocês.
Por que no carnaval, não dá pra falar nada de mim...
Ela era minha MariaEla era minha alegriaQue morreu no terceiro dia de foliaCarnaval (Luis Melodia)