sábado, 22 de março de 2014

Carnaval, eu fico tão triste quando chega o carnaval...

Eu vi um cara, eu estava ali dentro do ônibus, depois de uns litros de cerveja e vodka, a gente não sabe bem quem é, a gente não sabe bem o que pensar...mas tudo vale, quando é carnaval.
O cara estava beijando sua namorada... sou mulher , sou de nascença recalcada, claro que pensei:
-Quanto amor, mas até quando?
Isso é despeito de quem é livre demais, de quem não ama jamais, de quem nem sabe se um dia vai ter alguém pra beijar daquele jeito...
Aquele jeito cheio de mimimi, aquele jeito que eu desaprendi, culpa minha, culpa da vida, sem culpas...eu só não sei mais.
É que sei tudo de amor, só não sei quase nada de mim mesma, eu acho que a melhor fase é essa, onde as expectativas são só minhas e não as tenho sob ninguém, exceto pelo casal que estava ali se beijando.
Eu olhei... ele entrou no ônibus, ela deu tchau ...
e eu pensei:
- incrível, amar alguém, no carnaval.
O meu short era curto, meu cabelo tava bagunçada, a maquiagem...essa , bem ...essa nem sei, eu só sei que ele estava com uma camiseta de banda de rock...
e meus pés latejavam no salto, havia sambado , sambado para esquecer, sambado e bebido para não lembrar de nada e nem ninguém...até ver ...
um beijo
um tchau
de um casal normal.
E no fim eu só disse: vou escrever sobre vocês.
Por que no carnaval, não dá pra falar nada de mim...
Ela era minha MariaEla era minha alegriaQue morreu no terceiro dia de foliaCarnaval (Luis Melodia)