terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pra caminhar...


Sem maiores certezas... só preciso estar bem, só preciso caminhar, mesmo sem saber ao certo qual é o caminho que vou seguir...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Nádia e sua lata

" Sete horas da noite, desceu as escadas do prédio, chovia, conversava com duas amigas:

Nádia- Gente, eu vou até o mercado, preciso fazer compras...
As amigas brincam, as compras de Nádia quase sempre eram as mesma coisas, "besteirol" e "tintas de cabelo"
Ela seguiu.
Nádia avista na geladeira de coca-colas, as latinhas limitadas, com nomes de pessoas, procura pelo nome dela, não o acha.
- isso é bulling!
Protesta.
Compra tudo e segue.
A chuva molhava os cabelos de Nádia que já não se importava com a chuva, a chuva servia pra disfarçar as lágrimas e era bom parecer forte:
- Não são lágrimas, é só chuva. Dizia convicta.
Não sabia ao certo por que chorava, não sabia se sentia raiva de si própria ou de quem á causou decepção, sentiu saudades do tempo que a verdade era dura, mas que simplesmente era verdade,  sentiu falta de quando ainda acreditava que o mais importante ... era ter o mais importante.
Seguia, pela avenida, que nas alturas do campeonato estava semi alagada e escura, um video tape passava em sua mente, uma mistureba de amor que não deu certo, com tudo que podia dar certo sem amor, que também deu errado.
Ela parou no posto de gasolina, entrou na loja de conveniência, se serviu de um café de maquina.
Respirou fundo, abriu a geladeira, pegou uma coca-cola.
O moço do caixa sorriu:
- Carol! que nome bonito!
(era o nome que estava na lata)
Ela sorriu, respondendo:
- não, não é meu nome, gosto de coca cola zero... mas não achei Nádia ainda.
O Moço do caixa explica:
- é , eu nunca vi também...talvez não tenha né?
Nádia apenas concorda com a cabeça e sai, acenando com a mão.
Nádia não tinha uma lata, tinha uma cabeça cheia, sapatos molhados e um coração na mão.


Quanto mais esperança ...melhor !

Infinitamente


Obrigada! 

sábado, 6 de outubro de 2012

...amarga,fria e vazia

Eu plantei flores em um jardim que não era meu,
escolhi móveis para uma casa que não era minha,
planejei um casamento que não ia acontecer,
Mas não vou te condenar...afinal devo realmente 
te agradecer...
Suas mentiras me deixaram mais sérias, hoje abro 
meus dentes só á quem merece meu sorrir,
já não acredito tanto nas pessoas, e isso é bom, reduz 
a possibilidade de alguém me ferir.
Fiquei mais atenta, mais rápida e esperta, estou em alerta
o mundo todo á minha frente, á minha volta e graças á ti
me tornei mais dura, severa e astuta.
Já não sonho, não me iludo, não choro ouvindo canções de 
amor. Apenas vejo notícias, lido com o dia a dia, sem planos,
sem maiores perspectivas e está de bom tamanho.
Me tornei exatamente aquilo que o mundo merece, superficial, 
metade (jamais inteira) , desconfiada, bem menos infantil, 
e isso tudo, devo á você.
Em tempo recorde eu deixei os sonhos de menina voltarem á vida e logo em seguida você os matou...
não foi o primeiro á fazer isso, outros já fizeram, mas tenho certeza que será o ultimo. 
Por que nunca mais sonharei o mesmo sonhos, mudei o disco, troquei a fita, abri meus olhos para a realidade , para o rumo que segue minha vida, acompanhada ou sozinha, NUNCA mais serei pega em mentira ou pegadinhas...e poxa vida, devo isso á você.
Já não sinto dó de ninguém, não sinto mais medo, não sinto desejo, sinto pouco gosto em viver...
cada dia é uma guerra e eu sigo... 
Não sinto um pingo de saudade, nenhum tipo de piedade, não sinto ódio, não sinto nada...VAZIO
traduz o que sinto em mim, obrigada! você fez eu escutar a voz da razão, se antes quem falava era o coração, parabéns...você conseguiu me tornar muito racional...afinal ser sentimental me fez muito mal.
Por isso eu devo á ti meu "muito obrigado" por que você foi o responsável por toda essa evolução.
Eu perdi a ternura,
perdi sonhos,
perdi a vontade de muita coisa,
mas ganhei uma nova cara, sóbria, amarga, séria  e em algumas horas desanimada...
dizem que é bom mudar,
vai ver que fiquei assim
por que plantei flores em um jardim...
só que o jardim.
Não era meu.