terça-feira, 17 de janeiro de 2012

alguns dias pro 26...

Estou tão brava com você. E estou brava comigo.
Aliás, estou brava com tanta gente. Mas também estou brava comigo.
Enquanto sou culpada por querer fazer demais, me culpo por fazer de menos. O que faço? Não sei.
Quero fazer mil coisas, tenho mil sonhos, mas... mas... mal sei por onde começar, e só tenho você ao meu lado – e olhe lá!
Às vezes me sinto tão ingrata.
Por vezes me apercebo de tudo que tenho e fico impressionada, por outras, será que tenho mesmo?
Tenho tão pouco, mas quero tanto que o pouco já é muito... mas por vezes, o muito me escapa.
O que quero tanto? Que tudo melhore pra todos. Só isso.
Hoje estou triste, mas é uma tristeza seca, que sabe que tem que aceitar e pronto.
E estou tão brava!
Sabe, sei que pode parecer besta, mas gosto tanto dessas pessoas todas.
Gosto inclusive de quem acham que não gosto.
Aprendi que "ninguém é apenas monstro, nem dentro nem fora dos carros." Entende?
Estou brava porque tentei dizer e ninguém quis escutar. Por que tentei fazer e poucos vieram ajudar.
Estou brava porque as pessoas têm medo de olhar nos olhos, tem medo de se apaixonar, de querer sonhar, e querer voar!
Estou brava porque as pessoas têm medo de amar, porque se prendem no lugar de se libertar.
Queria ficar calada até conseguir ficar em silêncio.
Queria ficar quieta no meu canto, até ser capaz de me conformar com o que nunca aceitarei.
Queria ficar quieta mesmo tendo tanto pra dizer, contar e explicar...
Queria ficar quieta, porque afinal, tudo já foi dito.
Queria ficar aqui, até o meu prédio cair.
Sei que pareço louca, mas um dia... você vai entender. Acredite.
Queria que soubesse que amo essas pessoas tolas. E que mais tola sou eu.
Queria que soubesse que amei muito, inclusive quando alguém não mereceu, inclusive porque, amar não tem nada que ver com merecer.
O amor pra ser amor, de verdade, só pode ser incondicional.
Mas eu estava brava ... Porque era mesmo?
Tenho a nítida impressão de que minha falta de memória me beneficia bastante.
Ainda estou brava, mas como sempre, nem de longe tanto quanto estava.
Só queria que soubesse que sentir, tocar, abraçar, talvez não... e não há nada tão bom!
Mas vou estar de olho... veja lá o que vai fazer, heim!
Não, não precisa temer. Se não agradar, no máximo vou ficar muito triste, brava, decepcionada...
Mas o amor é incondicional, lembra?