segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Reinventando-me

Dizem que me sinto... e é uma verdade. Eu sinto e me sinto por que de fato SOU.
Dizem "- não acredito que já foi insegura, que já tentou comprar amor com doces mentiras ou falsas promessas"
Sim... essa não era eu, eu sou essa aqui... e como é difícil quando o outro que mal nos conhece nos dá rótulos arbitrários, o quanto é complicado equacionar esse tipo de questão, ora quando nos são atribuídos defeitos que sentimos que não temos, ora quando nos são atribuídas qualidade que sabemos que ainda não desenvolvemos.
Estamos sempre em construção e a necessidade de mudança é um reflexo da própria vida que possui vários ciclos, ora outono, ora inverno, ora primavera, ora verão.
Nesse convívio vamos nos conhecendo melhor e a medida que o tempo passa fica mais fácil e claro reconhecer as qualidades e também os próprios defeitos e a decisão por buscar formas de vencer este segundo exige de nós um esforço considerável ( no caso dos meus defeitos eu diria sub humano).
A necessidade do auto conhecimento é fundamental, por isso é muito estranho quando escuto alguém dizer que não aguenta ficar sozinho, que precisa estar com alguma companhia o tempo inteiro, pra mim esta é que é a verdadeira solidão, a de não ter a própria companhia.
Necessitamos de momentos de silêncio pra reflexão, de parar pra pensar para onde estamos remando nosso barco, em que local nos encontramos e o quanto estamos indo em direcção ao que acreditamos ou se estamos nos afastando do nosso ideal. Faz um bem danado sair consigo, postar o blog ( ahã claúdia) , ver o por do sol, ou dar uma caminhada, passear, espairecer... Faz tão bem ouvir uma música, ler um livro, meditar e isto não implica estar nesta ou naquela posição, não, é questão de disposição interna.
Somente conhecendo nossa estrutura íntima é que podemos modificar e aprimorar aquilo que nos é necessário. Assim, vamos ganhando auto confiança pra não nos deixarmos ir ao sabor dos ventos aceitando adjectivações que para o bem ou para o mal não condizem com quem somos. É necessária muita clareza, pra não nos perdermos entre as correnteza.
Ai vai nascendo à liberdade de expressão, a segurança de ser quem se é (que, diga-se de passagem, está sempre em (re) construção) e então aos poucos vamos conquistando o direito de não usar máscaras, de não precisar mentir porque agente vai se conscientizando que não dá pra se enganar, que não dá pra mentir pra si mesmo e que o outro também tem direito a verdade e pouco a pouco, passo a passo descobrimos novas cores na vida e a verdadeira essência de viver.
E é preciso tanta coisa pra viver, coragem, força, determinação, paixão pela vida, verdade pra se encarar, olhar no espelho e perceber aquilo que se é, em defeitos e qualidades, em medos e em coragem, sem esperar respostas fáceis e sem complexar a simplicidade do que pode ser revelado. As vezes as respostas estão na frente dos nossos olhos, o que se precisa é de força de vontade para empreender as mudanças necessárias e criar um Novo Mundo, Vida Nova.
Se superar, crescer, porque... porque a vida pede movimento, pede de nós a superação da mediocridade, a necessidade de ampliar a consciência, tem horas que a roupa simplesmente não cabe mais.
Pra quê Viver?
Eu não tenho essa resposta, mas o que sei é que essa aventura vale apena, não por um lugar aonde se queira chegar como o céu, a perfeição ou o nirvana, mas pelo próprio caminhar, pelas flores, pedras e espinhos que vamos encontrar pelo caminho e, pelo desafio de conseguir erguer escadas e não muralhas, de recolher e transformar ao invés de atirar essas mesmas pedras.
Existir é um mistério incrível, as vezes me indigna, outras me maravilha, me revolta e volta a mim encantar e está em nossas mãos fazer desse lugar, o melhor lugar pra si morar.
É fácil? Não é, e talvez jamais será.
Enfim, eu estou aqui á jogar todas as palavras e ... e acho que é por que hoje, eu senti um certo baque da vida, como se me cobrasse algo...e eu não me senti pronta para dar, para fazer, para acontecer e pasmei em sentir que não fiquei envergonhada por isso, muito menos frustrada , me senti mortal, normal - um ser humano de carne e osso.
Aí senti a necessidade de pedir ajuda ( Renata Alcantara ...essa é pra você) e mais uma vez não me senti menor por isso.
Reconhecer que não sabe é melhor do que errar.
Afinal o que fica no decorrer deste processo soma-se e passa a fazer parte deste construto chamado personalidade. Sempre a exigir de nós readequação e transformação.
Eu sou uma obra em construção com todas as cores e letras que a musica e melodia pode contar.
E eu prefiro ser, por que ... por que isso é realidade.
Não sei o que vai acontecer, o que o mundo vai pedir que eu faça, eu só sei de uma coisa...eu vou como criança á abrir o presente de Natal, surpresa, curiosa, faminta e com olhar doce ao novo.
E chega por hoje.

Boa Sorte aos que foram... sorte dobrada aos que ficam...
Paz á todos os homens de fé.
Amém.