segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O dia em que ela quase morreu.

Sem força alguma, ela andou até o ponto de táxi
e sem fé alguma ela não olhou pro céu, olhou pro chão
e suas lágrimas caíram ali...
- Aceita cartão?
Perguntou ao taxista que respondeu sim.
Não queria que o mundo visse sua dor, suas lágrimas.
Por isso optou pagar mais caro e sentar no banco de trás...
- Pra onde moça?
Ela queria responder " Pra onde eu não sinta isso que estou sentindo..."
mas não havia outro jeito:
- pro centro por favor.
Ela cai no choro, as lembranças das ultimas palavras de amor, as cartas, as musicas, os poemas, os beijos, o sexo , a pele, o cheiro , os olhares e o amor... era tanta coisa, que zonza não conseguia respirar e chorar, os soluços altos, tomavam conta do carro e sem muito jeito o taxista á interrompeu:
-moça quer lenços?
Estendeu á ela uma caixa  de lenços de papel.
Ela observou o centro, aquele bando de gente, ela quase sem voz e chorando ... as ideias rodava,giravam, gritavam em sua mente e então virou-se para o taxista e pediu:
- por favor, o senhor pode me levar pra casa, não me sinto bem.
Ele atendeu ao pedido, com ar de piedade.
Chegou em casa, deitou-se  e chorou...por horas seguidas.
Não sabia o que iria acontecer, só sabia de uma coisa, estava muito machucada.