Ainda haverá quem irá dizer: Como assim ?
E resposta virá em ecos, como assim...como assim...
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Om Namah Shivaya |
créditos imagem :
http://desenhetudo.blogspot.com.br/2012/05/nu-artistico.html
Quando se tem 20...é uma coisa.
A gente quer impressionar o mundo com nossas habilidades, ou não habilidades,
queremos provar á todos o quanto somos bons, incríveis, espertos e únicos.
Quando se tem 20...é outra coisa.
Mas agora estou falando dos 30,
feliz por eles, acho que pela primeira vez na vida entendo melhor o que me faz ser especial.
Minto, já sabia o que me fazia ser especial, mas a verdade é que não sentia isso lá dentro...
Com uma casca mais grossa, uma pele que já não é tão limpa e lisa como antigamente, eu vejo
em poucos fios brancos uma breve sabedoria nada senil é claro, mas uma tranquilidade na inquietude de ser apenas o que quero ser.
E agora já sem medo de dedos apontando, concordando ou não comigo, na verdade o resto do mundo é apenas um plus, a gente nasce só... e mesmo namorando, casando, rodeado de muita gente, a gente é só...e morre só, por que lá dentro da gente só quem sabe de tudo de nós redundantemente somos nós.
Por isso a gente morre e vive mil vezes na mesma vida, a gente morre pra tanta gente, nasce pra tantas outras, a gente mata e cura mil vezes na mesma vida, e a mesma vida nunca é a mesma coisa, ela muda com toda nossa mudança, o universo parece ler de forma subliminar nossos passos e então :
Dá se um novo dia!
A gente só sente que a vida é um grão, quando entendemos melhor que queremos ser tudo em relação ao imenso universo ... a vida tende a ser melhor quando reconhecemos enfim, que não somos mais que uma misera partícula de ser e isso não é ruim, nos desobriga de grandes feitos , desobriga-nos de sermos essa perfeição que procuramos ser...
Pra que tanto trabalho não é mesmo?!
Quando estiver com 40,
creio que acharei tolice as coisas dos 30,
provavelmente me matarei mais uma vez...
mas a beleza está nisso...
na arte de ressuscitar,
só que com um detalhe :
- na mesma carne falha...que nos dá a chance de nos matarmos mais umas mil vezes...
Saudades,
Abraços
Naty